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Hidrogênio verde e usina eólica no mar podem reduzir impactos ambientais

  • Foto do escritor: LabECO
    LabECO
  • 15 de jun. de 2022
  • 3 min de leitura

Atualizado: 25 de jul. de 2022

Com os impactos causados pela emissão de carbono, empresas buscam investir em fontes de energias renováveis


hidrogênio verde
O hidrogênio verde tem atraído grandes empresas, como a Shell e a Engie. | Foto: Montagem/ Reprodução

Devido aos impactos ambientais causados pelo uso de combustíveis fósseis, cada vez mais empresas investem nas fontes de energias renováveis. Entre estas fontes, a energia eólica offshore e o hidrogênio verde chamam bastante atenção.

O hidrogênio verde vem atraindo nomes de peso do setor, como as empresas Engie e a Shell. “O hidrogênio verde é a pauta da transição energética”, declarou o presidente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Rui Altieri, em entrevista ao Valor. O presidente também pretende lançar uma certificação a fim de que o hidrogênio realmente seja verde. Atualmente, o hidrogênio é utilizado, mas gera emissão de CO2, uma vez que é produzido a partir de combustível fóssil.

Como deve ser obtido o hidrogênio verde?

Para realmente ser verde, o hidrogênio deve ser obtido por meio de fontes de energia renováveis, como por exemplo, a solar, hídrica, eólica, entre outras. As pesquisas atuais focadas na produção industrial mostram que o processo deve ser feito por meio da eletrólise, quando se passa uma corrente elétrica pela água a fim de separar o oxigênio do hidrogênio. Entre os desafios de se adotar esta fonte de energia está a alta demanda elétrica.

No cenário de crise energética global, o hidrogênio verde ganha força e se mostra uma alternativa contra o uso excessivo de combustíveis fósseis e os impactos ambientais. “Precisamos zerar as emissões até 2050, esse é o compromisso das nações que firmaram o Acordo de Paris em 2015”, disse Paulo Alvarenga, CEO da empresa Thyssenkrupp em entrevista à imprensa.

Projetos da Shell e da Engie

Aqui no Brasil, a empresa Engie tem entendimentos assinados com o governo do Ceará a fim de iniciar um projeto em uma planta de eletrólise, localizada no Porto de Pecém. A capacidade está entre 100 MW e 150 MW.

O valor da carga elétrica diz respeito a quantidade de energia que precisa ser aplicada para conseguir quebrar a molécula de água e separar o oxigênio do hidrogênio. Assim, Maurício Stolle Bähr, CEO da Engie no Brasil, declarou que a empresa pretende desenvolver uma capacidade de 4 GW até 2030 e que o Brasil poderia contribuir com ao menos 1 GW.

A Shell também está investindo em estratégias com o hidrogênio verde. A companhia fez um acordo com o Porto do Açu (RJ) a fim de construir uma planta-piloto, que tem a conclusão da construção prevista para 2025 e terá a capacidade de 10 MW.

Para a primeira etapa, devem ser investidos entre US$ 20 milhões e US$ 40 milhões. O porto ainda vai comprar energia certificada para garantir que a fonte de energia seja limpa. Com isso, parte do hidrogênio verde produzido vai ser destinada aos consumidores e outra, aos proprietários dos aportes.

No início deste ano, a Shell também iniciou um pedido de licenciamento ambiental para realizar um projeto de energia eólica offshore para áreas do Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil. O potencial de geração de energia pode chegar em 17 GW. A ideia é que as operações do primeiro projeto sejam iniciadas em 2030.

Enquanto isso, a Engie estabeleceu uma parceria com a portuguesa EDP. Assim, em 2019, criou a joint-venture Ocean Winds com o intuito de aumentar oportunidades de investimentos em energia eólica no mar.

Além disso, a companhia procura autorizações para 5 projetos que englobam 15GW e devem ser distribuídos nos estados de Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte.


O desenvolvimento dos projetos é uma oportunidade para atender à crescente demanda de energia no país, diversificar a matriz energética e atender nossas metas globais de redução de emissão de carbono, afirmou Bähr.


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