Fernando Haddad e Marina Silva falam sobre oportunidade de energia limpa no Brasil
- LabECO
- 8 de fev. de 2023
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No dia 30 de janeiro, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, esteve em uma reunião de diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, e destacou a possibilidade do país se tornar um fornecedor de destaque no setor de energia limpa nos próximos anos.

O ministro acredita no potencial do Brasil para ofertar energia limpa para outros países do mundo.
O mundo inteiro está em busca de energia limpa. As indústrias estão escolhendo o local para se instalar com base em energia limpa. E o Brasil é o país que está mais bem posicionado para produzir hidrogênio verde, energia eólica, solar e biomassa. Tudo o que está disponível tecnologicamente nós estamos com vantagem competitiva, e isso pode ser um forte componente de atração de investimentos estrangeiros para o Brasil e de reindustrialização do capital nacional, se tomarmos algumas medidas centrais para pensar o reposicionamento da indústria na nossa economia, destacou o ministro.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participou de uma entrevista coletiva no mesmo dia, que aconteceu depois de uma reunião com a ministra alemã da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento, Svenja Schulze. Durante a entrevista, Marina destacou a importância de se criar parcerias com os europeus. A Alemanha ofereceu um reforço de 203 milhões de euros para iniciativas socioambientais no Brasil, que equivale a R$ 1,1 bilhão na cotação atual.
O Brasil está fazendo um esforço muito grande pra ampliar a cooperação de base tecnológica também. Acordo de cooperação técnico e científico para que possamos acelerar ainda mais a possibilidade de o Brasil ser um grande fornecedor de energia para a Europa, em função do potencial que temos de produção de hidrogênio verde. Mas, também, a busca de parceria com empresas alemãs, empresas europeias, para que possamos ter investimentos no Brasil nessa agenda, afirmou Marina Silva.
União do Brasil e da Alemanha para a produção de energia limpa
A ministra alemã reforçou a parceria com o Brasil e declarou que o país tem potencial para ser líder no setor de hidrogênio verde. O acordo prevê 35 milhões de euros para o Fundo Amazônia e 31 milhões de euros para um fundo de apoio aos estados da região. Estão incluídos ainda 29,5 milhões de euros, que serão destinados para um fundo que deve garantir a eficiência energética de pequenas e médias empresas. 80 milhões de euros serão destinados ao empréstimo para agricultores com juros reduzidos, que visa o reflorestamento.
Além disso, 13,1 milhões de euros serão destinados a recuperação de áreas degradadas, 9 milhões de euros serão utilizados como apoio de cadeias de abastecimento sustentáveis e 5,37 milhões de euros, para o desenvolvimento de energias renováveis na indústria e na área de transportes.
Marina Silva explicou que os recursos voltados para o Fundo Amazônia, inicialmente, serão utilizados para lidar com questões emergenciais como a situação do povo Yanomami.
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